Na primeira noite, eles se aproximam
e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra
sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua,
e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.
Maiakovski (1893-1930)
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Porque talves sejam
deficientes auditivos.
Abraços
Quanto mais permitirmos mais nos roubam...e levam tudo.
Quanto mais nos calamos mais os outros vencem e depois já não há nada dizer...
Teria sido logo na primeira noite...
Gostei ,interessante!!!
Quando apetece dizer,...é bom, não guardar.
Depois, pode ser tarde demais.
Um abraço sem mar
-Já te disse que gosto muito de ti???!!!...
-Então, pronto...já disse..:)
Enviar um comentário