quarta-feira, 31 de março de 2010

domingo, 28 de março de 2010

sexta-feira, 26 de março de 2010

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quarta-feira, 24 de março de 2010

OS PRINCIPIOS E OS FACTOS

Por Isabel Leal
Há questões de princípio e questões de facto. Os princípios, como se sabe, ficam sempre bem a toda a gente. Ter princípios quer, por isso, dizer que desde sempre, de berço e por educação, se adquire um conjunto de regras e de valores que se carregam depois, vida fora, com a convicção de que correspondem ao desejável, ao que deve ser. Os princípios são, assim, umas interessantes abstracções, que servem para indicar direcções e rumos. Dizemos que, em princípio, achamos isto ou aquilo, que, por princípio, estamos ou não de acordo com um dado enunciado ou que é uma questão de princípio a ssumpção de uma qualquer posição. Depois dos princípios, como se sabe, vêm os factos, que não só estão a grande distância como, na maioria das vezes, fazem toda a diferença. Em princípio toda a gente acha que não se deve mentir. De facto, toda a gente, melhor ou pior, distraída ou polidamente, fugindo ou intrigando, acaba por ir dizendo umas tantas mentiras. Em princípio, toda a gente se preocupa muito com a fome no mundo, a guerra no mundo, as misérias da ignorância e da iliteracia do mundo. De facto, existem indústrias poderosas e estratégicas, montadas de molde a que tudo se perpetue. E nós, os tais que nos preocupamos, aceitamos que assim seja de forma passiva ou, o que talvez ainda seja mais dramático, nem damos conta das complexidades e contradições que nos rodeiam mas que, de facto, não acontecem no nosso curtíssimo perímetro de influência e que, por isso mesmo, consideramos que não nos dizem respeito. Em princípio, estou em crer que achamos todos que a corrupção é um sistema perverso e mesquinho. De facto, alguns de nós dispõem-se com excessiva facilidade a passar umas notinhas ou a dar uns presentes obesos para despachar assuntos e lubrificar engrenagens pouco explícitas. A listagem dos princípios consensuais é demasido extensa e, em muitos casos, inscreve-se mesmo em direitos consagrados: os direitos à vida, à influência; á igualdade dos cidadãos, ao trabalho, ao ensino, à dignidade, à privacidade. Os factos que contrariam os mesmos princípios estão por aí à luz do dia, a dizer-nos ostensivamente da nossa incoerência colectiva. Na esfera do privado, quando o que está em causa são os princípios que cada um de nós foi erigindo para si mesmo, as melhorias não são sensíveis. Vai daí, faz sentido interrogarmo-nos sobre o interesse e a utilidade destas permanentes dissonâncias cognitivas. Para que é que precisamos de princípios que não os seguimos? Porque é que nos deixamos a embrulhar em factos que contrariam os princípios em que acreditamos.

terça-feira, 23 de março de 2010

domingo, 21 de março de 2010

quinta-feira, 18 de março de 2010

:)

domingo, 14 de março de 2010

P&P

quarta-feira, 10 de março de 2010

sexta-feira, 5 de março de 2010

terça-feira, 2 de março de 2010

segunda-feira, 1 de março de 2010

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